segunda-feira, 4 de março de 2013

***Costura na Viagem***: Atol das Rocas: Saiba mais sobre o santuário das aves!


Natal, Fernando de Noronha ... quem nunca ouviu falar destes paraísos tropicais? Muita gente já ouviu falar e até já conhece, mas poucos sabem da importante existência do Atol das Rocas.

Atol: formação de recifes de coral em forma de anel.

Rocas: do espanhol rocha, pedra

Localizado a aproximadamente 267 km a leste nordeste da cidade de Natal – RN e cerca de 145 km a oeste do arquipélago de Fernando de Noronha, o Atol é uma reserva biológica ( área delimitada que abriga espécies animais e vegetais restringindo o acesso apenas a atividades de pesquisa científica e fiscalização). É também a primeira unidade de conservação marinha do Brasil.



Descoberto em 1503 pelo português Gonçalo Coêlho, as duas ilhotas de areia calcária (composta por ossadas trituradas das aves e conchas destroçadas), águas de cor verde esmeralda de deslumbrante transparência ,o atol detém a maior colônia de aves marinha do Brasil, com cerca de 150 mil indivíduos (maior concentração de aves da América do Sul). As ilhas são um verdadeiro berçário para elas, que deixam seus ovos em meio a vegetação rasteira. As tartarugas marinhas também encontram em suas areias um dos principais locais de desova. O Projeto TAMAR( primeiro programa de marcação de tartarugas marinhas no país) foi desenvolvido no Atol em 1981.

O Atol das Rocas é formado por duas ilhas: a ilha principal, que é a I lha do Farol com 2,5 km e a I lha do Cemitério , de proporções semelhantes. Lá se enterravam os náufragos, que naufragavam devido a profusão de recifes encobertos com a maré cheia. Com a maré baixa, os corpos dos navegantes apareciam na praia e eram enterrados (não se sabe por quem).Estas duas ilhas se interligam, possibilitando uma leve e gostosa caminhada... sempre atento para não se assustar com um vôo rasante dos “moradores” da ilha.

A vida no atol: as principais atividades para os moradores são contabilizar novos ninhos, estudar a vegetação, cuidar das aves acidentadas... Não existe geladeira,nem energia elétrica Esqueça banhos demorados de água doce, água na ilha tem estoque calculado para cozinhar e beber, portanto, abuso nem pensar!

Sombra também é difícil de encontrar. Contando com apenas 21 coqueiros da Bahia e dois pés de Casuarina, quem não gosta de sol está literalmente frito. Cuidado também com as roupas, já que as aves não perdoam nem os varais das casas. Tudo é muito rústico, sofisticação e frescuras não combinam com a beleza e simplicidade do local.

Temperatura: Faz calor 365 dias por ano, e raramente chove. Abril, Maio e Junho é o trimestre mais seco, e Dezembro o mês mais chuvoso. Dificilmente faz frio.
Frequentemente você irá se deparar com os inúmeros caranguejos que se exibem na orla, sem se preocupar com a presença do homem. Aliás, nenhuma espécie, seja ela animal ou vegetal, se acanha, vivendo tranquilamente suas vidas sem fazer mal a ninguém.

** Para quem ficou curioso em ver de perto este lugar tão pouco comentado, talvez o que eu vá dizer não irá agradar. É que o Ibama não permite a entrada sem autorização, e turistas não fazem parte dos planos do Atol das Rocas. Portanto, nós que não nascemos biólogos, pesquisadores, cientistas, nem temos uma boa justificativa (que não seja “ah, eu quero conhecer o Atoool”!!!!) ficaremos todos aqui, mordendo os dedos de vontade de ir pra lá ou então sonhando acordados com este refúgio da natureza....

Para saber mais: www.ibama.gov.br e revista Náutica, edição número 140

Por Polyana Bocalon - Equipe Costura Nativa

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